terça-feira, 16 de outubro de 2012

E CAEM OS DEUSES....

Foto: Foto montagem a partir de imagnes do Google.

           Estou vendo o Palmeiras na segunda divisão. Mais uma vez. E desta vez parece cada vez mais inevitável. Cadê aquele time de títulos e força impressionante dos anos 90, da era Parmalat? Quantos torcedores de outros times não poderiam dizer que já sofreram por causa do Palmeiras. Eu sou um deles. Mas afinal o que acontece no Palmeiras?
                Além da total falta de organização político/administrativa pensei durante os últimos dias que a falta de ídolos pode ser uma explicação. Um time que já teve o divino Ademir da Guia assistiu a uma explosão de ídolos na década de 90. Lembro-me que a partir da parceria com a Parmalat, em 1993, o Palmeiras recheou o seu gramado de títulos e ídolos e saiu de um fila de mais de 15 anos. Entre os ídolos da época pode-se citar Evair, Edmundo, Edilson, Rivaldo, Cafu, Muller, Veloso e outros mais, brilharam e deixaram sua marca no time da Água Branca. Mas o mais impressionante é onde foram parar estes ídolos? Parece que o Palmeiras em nenhum momento valorizou os seus ídolos “pós-morte”. Nenhum deles foi convidado para jogos de despedida ou foram vistos nas arquibancadas sofrendo junto. Muitos deles na verdade foram ídolos em outros clubes e “passaram” pelo Palmeiras, como é o caso de Edilson e Luizão, que jogaram no Corinthians, Cafu e Muller que já haviam brilhado pelo São Paulo e Edmundo, que nos últimos tempos fez sua despedida jogando pelo time do Vasco da Gama, do qual se declara torcedor.
                Os torcedores do Palmeiras estão carente de ídolos há muito tempo, desde a libertadores de 1999, salvo são Marcos que parece ser o único remanescente, pois até Alex rejeitou a volta ao Palestra. Por causa disso, e da total falta de planejamento, depois que a Parmalat deixou o clube, o Palmeiras acabou valendo-se da criação ídolos que nem fizeram esforço ou tiveram motivo para tanto, como Kléber, Vagner Love e Valdívia. Nos últimos dois anos o Palmeiras ressuscitou os três e o Felipão como a resolução de todos os seus problemas. Como sempre não deu certo, e a decepção foi ainda maior. Felipão há muito sem demonstrar aquele técnico dos anos 90 de Palmeiras e Grêmio, acabou de sair do barco praticamente pela porta dos fundos, sem deixar claro se foi por vontade própria ou não. Para piorar a situação o sentimento de traição ficou evidente. Kleber descobriu-se era sócio dos Gaviões da Fiel, torcida organizada do rival Corinthians, e caiu-se o primeiro ídolo. Vagner Love foi agredido pela torcida e se transferiu para o Flamengo, onde vestiu a camiseta e chorou por estar jogando em seu clube de coração, e caiu-se o segundo. E por fim, Valdivia ainda continua no clube, mais as suas contusões e confusões põe cada vez mais em desconfiança a sua real participação na história de um clube que se diz campeão do século, em breve pode cair o terceiro.
Assim todos os “novos ídolos” caíram e os velhos ídolos desapareceram. Quem vai entrar na nova Arena Palestra e ser o novo ídolo do Palmeiras? Alguns podem dizer o Barcos, o pirata, que já demonstrou insatisfação salarial no momento mais critico do time, e deixou desconfiado até aqueles que colocavam a mão no olho esquerdo e o punho erguido imitando o atacante comemorando os seus gols. Pura carência.  Chego a conclusão de que o time cair é de menos. O maior problema é passar mais uma vez com sua história em branco, sem ninguém pra contá-la, sem ninguém pra lembrá-la, sem nenhum ídolo para repeti-la. Repito cair é de menos. O que falta é identidade. Se não na sala de troféus do campeão do século, a moldura será mais bonita que o quadro.

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